Hoje, trago uma reflexão ainda muito desafiadora num país como o Brasil e que, de alguma forma, impacta todas nós.
Na minha experiência e estudos, a reconexão com a nossa natureza íntima passa, necessariamente, por olhar e cuidar da relação com o nosso corpo, útero, vagina e sangue.
Por falta de informação e até por termos uma relação de muito tabu com nosso corpo, muitas de nós ainda usa absorventes descartáveis.
Além da questão ambiental, os absorventes possuem em sua composição diferentes tipos de plásticos e algodão – em sua maioria, cultivado com agrotóxicos. Essas substâncias sintéticas – e, algumas tóxicas -, entram em contato com nossa mucosa vaginal e são rapidamente absorvidas e lançadas na corrente sanguínea.
A vagina é um órgão sensível, delicado e com alta capacidade de absorção. Por isso, vale a pena um cuidado com os materiais e produtos que colocamos em contato com ela. Além disso, a vagina precisa respirar e materiais sintéticos dificultam esse processo. E já sabemos que um ambiente úmido e abafado, aumenta a probabilidade de proliferação de microrganismos.
Assim como outros plásticos, os absorventes são de difícil decomposição, é importante entendermos que da mesma forma que “poluímos” nossos úteros com estes componentes tóxicos, também poluímos a Terra.
E agora, como fazer?
Hoje, já existem opções diversas como calcinhas menstruais e absorventes de pano à base de algodão. Se for por esse caminho, pesquise sobre os materiais utilizados e prefira os orgânicos. Tem também o coletor menstrual, por onde muitas mulheres iniciam esta transição, umas se adaptam bem e outras preferem os tecidos. Busque o que faz sentido para você e para o auto-cuidado do seu corpo!
E por fim, a boa notícia é que já existe um Plano proposto ao Governo Federal para acabar com a pobreza menstrual até 2030. Torço para que priorizem as condições de higiene para que todas as mulheres possam escolher que tipo de absorvente utilizar!
Seguimos nessa jornada de buscar informações de qualidade para nutrir nosso corpo.