Trago aqui uma reflexão sobre o nosso relacionamento – já como mulheres adultas – com as nossas mães. Essas relações se transformam, e muito!
A relação com a mãe consiste em uma ligação tão poderosa que às vezes é difícil ressignificá-la. O desafio de cada mulher é tomar consciência e separar o que deseja ou não levar consigo. Ao decidirmos nos transformar, as pessoas ao redor serão impactadas – a vibração é tão profunda que as relações passam a se acomodar de uma nova maneira! (Lembremos: ressonância é um sentido que podemos, estrategicamente, usar mais, já que nossos úteros são magnéticos!)
Já vivi muitas experiências com minha mãe, e muitas delas conto no livro Natureza Íntima. A sua chegada nos partos da Tereza e da Ana, não por acaso foram bastante fortes.
E hoje, posso dizer que tudo começou a se encaixar diferente quando entendi a importância de aceitá-la como uma Mulher e não só como minha Mãe. Consegui perceber suas forças e desafios sem julgamento e do meu jeito fui escolhendo as podas que fazia em relação a minha ancestralidade.
E de repente parece que abriu um novo espaço para que pudéssemos ser duas mulheres maduras, convivendo!
É claro que, algumas vezes, a gente se desentende, e mesmo assim a nossa convivência ficou muito mais prazerosa e harmônica. O trabalho com meu feminino ganhou mais força quando decidi olhar para essa relação. Ela é originária.
Esses processos podem ser desafiadores, e na mesma proporção serão muito ricos. Escolher cuidar e harmonizar esse vínculo tão profundo e visceral pode ser o melhor presente nesse dia das mães!
📷 Nós três
Escolhi esta foto, pois a chegada da minha mãe no parto da Ana foi uma destas experiências marcantes e que nos ajudou a transformar junto as que vieram antes e as que vieram depois de nós.